setembro 01, 2008

soneto do dia anterior

sorrisos abertos em flores
como botões orvalhados na manhã
encorajam a mão silenciosa e artesã
a esculpir a face rota dos amores

não há jogos, promessas ou louvores
nada, nenhum porto a ancorar
nem alcova para o corpo acalentar
para aquecer e esquecer os dissabores

nenhum profeta foi anunciado
nenhum novo planeta avistado
nem a velha lua nova apareceu

nenhum vestígio de passagem,
nenhum rastro, nem miragem
nada, ninguém, nem mesmo eu

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