dezembro 18, 2008

e já não sei ser sem ser-te

gosto de ser o que sou e isso não significa arrogância. Gosto da minha casa e do meu vinho e do meu amor. São meus porque eu sou isso que me tornei e me torno a cada segundo e eu os quis e eles a mim quiseram. São meus! – e aqui falo da casa e do vinho, pois meu amor é meu na medida em que sou seu. Gosto do que sou e gosto, sobretudo, de quando me pinto de voyeur. Olho-te, como olho a mim mesma, gosto de ver-te quando não sabes, como gosto de olhar-me ao redor, ao largo, quando estou em ti.