agosto 12, 2008

ímpares


por onde começar? Será que existe um ponto de partida? Procuro o esconderijo, a fortaleza, mas parece que tudo está posto, tudo está dado e assim qualquer esforço pode se mostrar inútil.

Um minuto anterior é passado remoto, mesmo se remonto passo a passo parece distante, pois ainda que próximo, condiciona-se inacessível, intocável, imutável. Queria em mim essas características de passado, queria essas atribuições do que foi e não mais será, mas parece que me repito. Replicação exata!

Palavras são aves migratórias e mutantes, ainda que se expressem sob o mesmo fonema. E o amor se transmuta em cada proferir. E a dor se consolida em cada silêncio. Mas não falta nada. Tudo está posto e dado. Só eu que implico na relutância.

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