novembro 10, 2008

intimidade ou para uma flor com nome

não há verbo que transfira a rota que me leva ao teu abrigo, não há direção mais desejada, pois desde que deixei a casa, o conforto e me pus nessa trilha, meus sentidos ficaram mais livres. Dei pra me demorar olhando pequenas folhas orvalhadas na beira do caminho, que refletem o sol e iluminam a estrada. Cada passo se reveste de alegria e cansaço é só uma teoria que aguça a poesia do descanso em teu abraço. O calor e o suor são lembranças e desejo do que existe em nosso encontro, que arrepia a pele, que tremula cada músculo e contorce o corpo, quando esses teus carinhos lânguidos me percorrem por dentro e por fora e transpassam a noite e criam mais estrelas no céu e tua língua as põe na minha boca e acariciam a minha alma. Tuas mãos me enternecem e me fazem grudar em tua pele. Nessas horas não sei ao certo se me perco ou se me encontro, não sei o que em mim é teu, nem o que em ti sou eu. E os dias amanhecem com aroma de flores silvestres e com o gosto do amor, que tem a tua saliva.

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