abril 06, 2007

eu preciso dizer que te amo

trata-se de uma doação. Há muito menos aqui do que desejado, mas não sei se tanto mais a ser dito. Repito-me. Perco-me. Falo de amor e saudade e saudade e amor, com uma leve pitada de dor, como é próprio dos românticos. Trata-se de um guia, ou um mapa de retorno... retorno ao que alimenta de leveza e consistência, de claro e sombra, de amor e dor (há algum antônimo pra amor? Temo que não. O amor faz-se contrário a si mesmo... princípio e fim, ‘avesso do avesso’).

Trata-se de um sussurro. Um gesto incontido. Um beijo no escuro... se esqueço a forma adequada de expressar um fato qualquer, é por que não existe manual. Não há bula. Não existe um resumo sequer. Esforço-me em falar sem peso sobre essa aflição desajeitada, equivocada tantas vezes, que atende por vários nomes. No meu caso, prefiro atribuir-lhe a alcunha mais óbvia: amor. Mas qual o melhor epíteto para tão notável beleza? Teu nome!

Trata-se de um bilhete escrito às pressas. Desejaria ser daqueles que se interpõem entre lados opostos de um mesmo lado e desfazem viagens e param trens e pacificam corações.

Trata-se de um projeto (um esboço talvez seja o termo adequado), cuja proposta é dizer eu te amo.

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